Governo deve usar seus ativos de Telecomunicações

O presidente da Cisco do Brasil, Rodrigo Abreu, ao ser questionado sobre como a Telebrás impactaria o mercado de banda larga do país, afirmou que o Poder Executivo deve,sim, utilizar seus ativos para implantar suas políticas públicas.Segundo o executivo, "há uma discussão política em torno da Telebrás que não é a ideal para o momento brasileiro". Apesar do crescimento da banda larga - 16% - constatada pela 12ª edição do Baromêtro Banda Larga Cisco/IDC -as velocidades de acesso ainda ficam, na média, entre 512 Kbps e 1 Mbps. Mas nos primeiros seis meses do ano, a boa nova: Os acessos com velocidade superior a 2Mbps cresceram de 13% em 2008 para 16% até junho."A média de velocidade do brasileiro está crescendo ainda que lentamente. As velocidades acima de 1Mbps foram as que cresceram do último semestre de 2008 para esse primeiro semestre de 2009. Até porque as opções colocadas no mercado valorizam velocidades de conexão maiores", explicou Rodrigo Abreu.Outro fato importante com relação à infraestrutura de banda larga é referente ao custo. Segundo o Barômetro, houve uma redução de preço para o consumidor, mesmo com a alta taxa de tributos impostos aos serviços de comunicação. Em junho de 2008, por exemplo, uma conexão de 20 Mbps de download custava R$ 487,50 ou US$ 208. Em junho deste ano, o mesmo serviço já saiu a R$ 266,40 ou US$ 122,7."Podemos até argumentar que a Banda Larga ainda é cara no Brasil, mas ela o é por uma série de fatores, entre eles, está, sim, a questão tributária, em torno de 43%. Mas os preços caíram porque houve uma maior competição entre os players", disse Abreu.Na comparação de semestres, o serviço de 400 Kbps saiu a R$ 49,90 ( US$ 22,6) em junho de 2009, mesmo preço que era cobrado em junho de 2008, por uma velocidade de 128 Kbps. O estudo constatou que em junho, o Brasil totalizou 13,6 milhões de conexões banda larga.Numa análise anual - junho a junho - o crescimento observado foi de 36,5%, com forte contribuição do produto banda larga móvel( 3G), que cresceu 34,2% nos últimos seis meses. Nas tecnologias de acesso fixo, as conexões via cabo tiveram um incremento proporcionalmente maior que o ADSL.O acesso por cabo encerrou o semestre com crescimento de 17,7%, com 3,077 milhões de conexões, enquanto o ADSL cresceu 10%, para 7,66 milhões. Com isso, o cabo elevou a sua participação na base de banda larga brasileira de 26% para 27%.Com relação à Telebrás, o presidente da Cisco Brasil entende que o debate em torno do uso da empresa é controverso. Para Rodrigo Abreu, o governo tem, sim, o direito de usar os seus ativos para implantar suas políticas públicas. "Agora discutir se é pela Telebrás, no modelo do passado, me parece um erro. O que passou ficou no passado. É preciso olhar o presente e o futuro", sentenciou o executivo. Site: Convergência DigitalData: 23/09/2009Hora:------Seção:GovernoAutor:Ana Paula Lobo Link: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=20426&sid=11