Teles nunca foram parceiras do governo na inclusão digital
01/10/2009
O mercado de banda larga no Brasil é muito concentrado e de baixa velocidade. A entrada das operadoras móveis e da Net, via cabo, neste segmento dinamizou um pouco mais a concorrência - até então funcionando dentro de um monopólio regional, controlado pelas três grandes concessionárias ( Oi, Brasil Telecom e Telefônica).Essa foi a avaliação feita pelo Secretário de Logística e Tecnologia da Informação, Rogério Santanna, durante seminário sobre previsão de investimentos nesta área, realizado nesta terça-feira, 29/09, pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica e pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.Santanna não poupou críticas ao comportamento das empresas de telefonia no processo de discussão com o governo da conectividade nos programas de inclusão digital. Segundo ele, as empresas de telefonia nunca foram parceiras do governo nesses projetos, mas cobram agora um apoio que não deram.O executivo lembrou, por exemplo, que o programa "PC Conectado" teve de mudar de nome para "Computador para Todos", simplesmente porque o governo não conseguiu um acordo com as teles para a oferta, na época, de acesso discado à Internet.As empresas, segundo Santanna, chegaram a cobrar do governo R$ 9 bilhões para entrar no programa, o que tornou a idéia inviável. Rogério Santanna disse que por muito menos, com apenas R$ 1,1 bilhão, será capaz de levantar uma rede pública de banda larga, com as fibras ópticas apagadas de estatais como Petrobrás, Chesf, Furnas e Eletronorte, sem contar o ativo ainda não liberado pela Justiça da Eletronet (veja matéria sobre o tema no portal Convergência Digital).***Assista aos principais trechos da palestra de Rogério Santanna pela CDTV no Portal Convergência DigitalSite: Convergência DigitalData: 30/09/2009Hora: ------Seção: Telecom Autor: Luiz QueirozLink:http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=20492&sid=8