Indústria brasileira de TI unifica marca setorial para brigar no mercado externo

09/12/2009

A indústria brasileira de software e serviços de Tecnologia da Informação (TI) conta, a partir desta segunda-feira (7), com uma nova marca setorial para representar, de forma unificada, suas ações de comunicação no exterior. A nova marca chega com o objetivo de criar uma linguagem visual única, baseada em uma estratégia de posicionamento comum, e fazer com que as empresas brasileiras e as entidades representantes desse setor no Brasil tenham uma identidade que possa ser reconhecida em qualquer parte do mundo, impulsionando as suas iniciativas de promoção das exportações e de internacionalização.

Concebida no âmbito de um dos Projetos Setoriais Integrados (PSI) desenvolvido pela Apex-Brasil em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a nova marca representa sete entidades principais (Abes, Anprotec, Assespro, Brasscom, Fenainfo, Softex, Sucesu Nacional) e foi apresentada por representantes do setor público e de organizações de incentivo à exportação e excelência do software brasileiro.

"A falta de uma marca unificada dificulta as negociações do Brasil no exterior", destaca Alessandro Teixeira, presidente da Apex-Brasil. Mais do que a marca, diz Teixeira, o setor fez um excelente trabalho em conseguir consolidar os dados e números do setor no mercado brasileiro. "A nova marca teve seu conceito apresentado em 2004", recorda o executivo. De lá para cá, foram desenvolvidas uma série de atividades, desde o engajamento das entidades até o estudo dos conceitos e atributos que deveriam ser utilizados para a marca.

Augusto Gadelha, secretário da Superintendência de Pesquisa e Informação (Sepin) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), afirma que a criação da nova marca sempre foi parte dos objetivos e metas estabelecidos pelo PDO das TICs. "Quando estabelecemos uma imagem, precisamos transmitir ao mundo aquilo que ela realmente representa. Ela tem que representar aquilo que o Brasil pode preencher com excelência em todo o mundo, os nichos em que o Brasil pode ter excelência mundial", afirma.

"A marca certamente refletirá a excelência das empresas, do software e da TI brasileiros, que estão no caminho de sua maturidade", afirma Gadelha, acrescentando que, ao utilizarem a marca Brasil IT, as empresas brasileiras serão automaticamente associadas a essas características.

Para isso, segundo Gadelha, foi realizado um trabalho conjunto em diversas frentes. "É necessário mais do que apenas grandes empresas. É preciso também formar mão-de-obra, que é também outro ponto tratado no PDP e também outra das preocupações constantes do MCT", destaca.

O secretário lembra que a Índia tem atualmente uma imagem de predominância no mercado global de outsourcing de TI, mas o Brasil tem muitas vantagens. "Precisamos começar a aprender a desenvolver e transmitir isso", diz ele. "A marca certamente refletirá a excelência das empresas, do software e da TI brasileiros, que estão no caminho de sua maturidade", conclui Gadelha.

A iniciativa contou com a participação da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Nacional (ABDI), da Associaçãodas Empresas Brasileirasde Tecnologia da Informação (Assespro), da Sociedade de Usuários de Informática e Telecomunicações (Sucesu) e da Federação nacional das Empresas de Informática (Fenainfo).

Site: Convergência Digital
Data: 07/12/2009
Hora: ------
Seção: Negócios
Autor:  Fernanda Angelo
Link: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=21236&sid=5