O presidente da Claro, João Cox, e o diretor de Marketing da TIM Brasil, Rogério Takayanagi, repetiram que mantido o atual modelo de custo, as teles móveis não têm condições de fechar o pacote de oferta da banda larga popular, com a isenção do ICMS, proposta pelo governo de São Paulo.
Segundo os executivos, há uma alta carga tributária no mercado móvel - o Fistel pago é maior do que os da fixa, alegam , além de o custo do modem de acesso - que deve ser distribuído gratuitamente - impactar diretamente no custo ao consumidor.
As posições dos diretores da TIM Brasil e da Claro foram colocadas em eventos distintos na capital paulista, mas reforçam a tese que as teles móveis não estão confortáveis com a proposta da isenção do ICMS do governo de São Paulo.
Tanto Takanayagi, da TIM Brasil, quanto João Cox, da Claro, afirmam que as operadoras celulares pagam duas vezes o fistel - fundo de fiscalização - na ERB e no celular - enquanto, as fixas pagam apenas uma cota. Além disso, lembram, incluir o modem de acesso gratuitamnte é um peso a ser considerado. "Esses equipamentos são importados e há muito tributo. O custo deles é alto", enfatizou João Cox, da Claro.
Takanayagi, da TIM Brasil, observa que nessa conta que não fecha, não foram incluídos os custos de rede e de manutenção de serviços. "Não estamos nem observando essa matemática porque nesse caso, o processo fica ainda mais inviável", disse.
Cox, da Claro, reiterou que a intenção do governo de usar a Eletronet é 'um direito e deve, sim, ser feito porque quem tem fibra precisa utiliza-la", completou. O anúnco da isenção do ICMS para a oferta da banda larga popular a R$ 30,00 no Estado de São Paulo ocorreu durante o Futurecom 2009. Desde então,as teles móveis adotaram postura bastante cautelosa com o possível benefício.
A Telefônica chegou a anunciar sua adesão ao projeto, mas teve que adiar o serviço porque o custo proposto, incluiria, ainda os R$ 40,00 da assinatura básica de telefonia - fato que as entidades de Defesa do Consumidor contestaram. Sob pressão, o governo de SP também garantiu que a isenção do ICMS só seria liberada sem a cobrança da assinatura básica.
Site: Convergência Digital
Data: 15/12/2009
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Seção: Internet
Autor: Ana Paula Lobo
Link: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=21347&sid=4